Depressão e o desafio “Baleia Azul”: ninguém está imune ao debate

O Brasil atualmente conta com mais de 200 milhões de habitantes. Quase 10% da população brasileira já foi diagnosticada com depressão. Até 2020, a depressão será a DOENÇA mais incapacitante do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Pesado, né?! E por que tanta gente ainda se recusa a falar sobre essa DOENÇA?

Questões de saúde emocional estão gerando um debate cada vez maior nos últimos anos. Ainda bem. Mas ainda não é o suficiente. Você já leu aqui no Febre Teen sobre pessoas que admira falando de experiências pessoais com doenças de carga emocional. O tema pode estar nos livros, nas músicas e nos filmes.

A série “13 Reasons Why”, da Netflix, aborda a temática da depressão, entre outras, que levam ao suicídio. Recentemente, o “jogo” ‘Baleia Azul’ ganhou destaque no mundo quando três garotas chegaram ao fim das tarefas publicadas em uma comunidade na internet dando fim às próprias vidas.

Muitos profissionais discutem no momento sobre jovens que participam do desafio da baleia azul ou se eles deveriam ou não assistir à série na Netflix. Ambos servem de alerta, mas não podem ser responsabilizados por algo maior. O youtuber Felipe Neto publicou recentemente um vídeo muito importante sobre o assunto onde aborda o ponto fundamental, a doença depressão:

– ‘Baleia Azul’ não é ponto central da questão: o foco principal deve estar no porquê de tantas pessoas buscarem pelo evento. A Justiça procura os responsáveis por trás das tarefas que levam ao suicídio dos participantes, mas algo grave é a maior motivação para que cada um entre no jogo em primeiro lugar.

– Nunca se sabe o que o outro está verdadeiramente sentindo: Muitas pessoas deixam de falar de questões emocionais por falta de conhecimento ou por vergonha. Não tenha medo de buscar ajuda e respeite a condição psicológica do próximo. Observe o modo como você se refere a assuntos de saúde mental. O preconceito ainda é o que mais afasta os doentes da ajuda necessária.

– Depressão é doença e precisa ser tratada como tal: ela não vai passar sozinha sem ajuda médica. O primeiro passo pode ser o mais difícil e também o mais importante. Transtornos afetivos devem ser tratados como qualquer outro transtorno físico e só um médico pode sugerir o tratamento ideal para cada caso.

– A depressão não pode ser romantizada: assim como se fala mais do assunto, mais pessoas que não passam pelo problema abusam do tema acreditando não ser nada sério ou porque enxergam de alguma forma que “é legal” lidar com uma doença do tipo e isso afasta aqueles que mais precisam de ajuda na busca pelo tratamento.

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– Preste atenção às suas emoções: a genética também pode influenciar no desenvolvimento de transtornos psicológicos, mas esses males podem surgir de traumas. Dificuldades fazem parte do dia a dia e estão presentes em qualquer um, mas não é ok ter pensamentos persistentes de que sua vida ou suas ações têm pouco valor. Se qualquer evento marcou sua vida de forma negativa e você não sabe como lidar com isso procure alguém. Ninguém pode sentir a dor alheia sem passar por ela, porém, um profissional é capacitado justamente para se interessar e tratar o seu problema.

– Ninguém está livre de sofrer de doenças emocionais: nenhuma pessoa está imune a não sofrer de depressão, ansiedade, bipolaridade ou qualquer outra desordem mental, várias podem ser as causas (eventos negativos) dessas doenças que ainda não possuem cura, mas é possível viver bem apesar delas. Você pode conhecer alguém na situação que conviva com uma doença do tipo em maior ou menor gravidade porque, acredite, isso é possível, com a ajuda de medicamentos e/ou terapias.

– Não rotule: a depressão não define quem uma pessoa é, ela só é característica de um momento que o doente está vivendo.

Se você identificar em si ou em uma pessoa próxima sinais de depressão ou outro problema converse com alguém de confiança ou com um profissional da saúde. Se ocorrerem pensamentos de suicídio ligue para o número 141, no Centro de Valorização a Vida. As ligações são gratuitas e anônimas. E lembre-se que você não está sozinho.

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