Ashley O e a saúde mental dos nossos ídolos

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ATENÇÃO, ESSA MATÉRIA CONTÉM SPOILERS DO EPISÓDIO 5X03 DE BLACK MIRROR

“RACHEL, JACK E ASHLEY TOO”

Se você assistiu ao 3º episódio da 5º temporada de “Black Mirror” e não ficou angustiado com a situação que Ashley O passou, assiste de novo após ler essa matéria. Se você não assistiu, Ashley é uma mega super estrela que lota estádios e atrai fãs por onde passa. O problema é que Ashley O é uma personagem construída para estar no palco, e então, em algum momento sua personalidade e suas músicas não mais agradam a personagem vivida por Miley Cyrus, que é apenas uma pessoa que quer fazer sua própria música.

Quando começa a fazer suas próprias composições, que se tornam tristes e vão para um lado mais dark, a tia de Ashley começa a dar medicamentos para supostamente curar a depressão e continuar fazendo com que ela viva a feliz e animada Ashley O nos palcos, até que Ashley tem um colapso e sua tia a deixa em coma. E aonde queremos chegar com isso?

Não é normal pessoas terem os chamados mental breakdowns, ou seja, colapsos mentais. Pode não parecer, mas a vida de quem está constantemente sendo vigiado não é um mar de rosas, há muito em jogo que nós, os fãs, não temos conhecimento. Tenham certeza de que nós sabemos nem 1/3 do que nossos ídolos passam diariamente.

Imagine você, tendo que conviver todos os dias com o compromisso de fazer um show para milhares de pessoas, quando tudo que você quer é estar em silêncio, no conforto do seu quarto. Imagine você, tendo que aguentar tudo e todos falando de você, coisas boas mas também coisas ruins. Como você lidaria com isso?

Não é raro termos casos de depressão e ansiedade em artistas, tendo como exemplos: Camila Cabello, que expôs a sua condição em uma entrevista para a Marie Claire; Sabrina Carpenter, que explicou como lida com a ansiedade em uma entrevista para a Seventeen e também abordou o tema no clipe de ‘In My Bed’; Shawn Mendes também se abriu sobre sua ansiedade, em uma entrevista ao Dan Wotton; Cole Sprouse também explicou que desenvolveu a ansiedade ao ser criado em um ambiente repleto de sons, dificultando sua interação com outras pessoas, e tantos outros. O caso mais recente que tivemos foi do ator de ‘Elite’ e ‘La Casa de Papel’, Miguel Herrán, que compartilhou um vídeo em seu Instagram:

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“Eu poderia subir mil fotos legais que tenho para alimentar essa mentira que é o Instagram. Eu poderia inflar meu ego e preencher meu vazio, mas não! Hoje decidi mostrar uma parte sincera de mim. Não vou entrar em detalhes sobre o que está acontecendo, porque nem mesmo eu sei. Mas este aqui sou eu. Sem filtros e sem mentiras”

A mensagem é simples: tenha empatia. A fama vem com um preço alto sim, mas não é por isso que as pessoas devem sofrer com comentários tóxicos e abusivos. A onda de responsabilidade com o que se fala não é só durante o Setembro Amarelo (Mês do combate ao suicídio), é durante o ano todo. É um exercício diário.

Por fim, repense antes de falar algo nos comentários de uma foto no Instagram. Repense antes de comentar algo ofensivo em vídeos do Youtube. Repense antes de falar algo para um conhecido seu. Existem pessoas atrás dos celulares e computadores, existem humanos com sentimentos. Entenda que críticas, quando ditas sem ofensas, são bem-vindas. O que não vale é lutar contra o ódio, odiando aos outros.

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